Tem coisa mal explicada nessa reviravolta para fechar a Rua Sete

Foto: Janio Seeger (Diário)

Ainda tem algo mal explicado nessa nova reviravolta sobre o fechamento da Rua Sete de Setembro. Na metade de 2018, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) garantiu que havia chegado a um acordo com o Dnit para evitar o fechamento da rua. Para isso, a prefeitura pagou R$ 638 mil de ressarcimento ao Dnit, que seriam equivalentes ao valor repassado de Brasília para construir o muro que acabou não saindo do papel - ou seja, a prefeitura devolveu todo o valor que não foi aplicado nas obras do túnel da gare, que incluíam o muro da Rua Sete. Na época, Pozzobom garantiu que, com esse pagamento, estava certo com o Dnit que a ação judicial cobrando a construção do muro seria encerrada.

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Porém, agora, essa surpresa desagradável está tirando o sono de moradores e comerciantes da Rua Sete. A prefeitura não explicou ontem o que motivou essa reviravolta, com nova decisão para obrigar o fechamento da rua.

Quando a obra começou, ainda na gestão de Valdeci Oliveira (PT), a prefeitura assumiu o compromisso de fazer o viaduto da Gare e, em contrapartida, fechar a Rua Sete de Setembro, por questão de segurança. O primeiro erro ocorreu lá, quando, para fazer o viaduto, a prefeitura assumiu um compromisso que seria difícil de cumprir, já que o fechamento da rua provocaria impacto muito negativo para comerciantes e moradores da região.

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Tecnicamente, a Justiça e o Dnit estão certos, pois a prefeitura havia prometido, lá no início, que a rua seria fechada se o viaduto fosse construído. Porém, como hoje passam só três trens por dia, faria bem mais sentido ter negociado a instalação de uma cancela eletrônica, que garantia a segurança durante a passagem das composições. Mas como o convênio prevê o fechamento da rua, no setor público não é tão simples voltar atrás, e o enrosco está criado novamente. O prefeito Jorge Pozzobom está em Brasília e tentará ainda reverter essa decisão junto ao Dnit. Não será fácil, mas tomara que consiga.